
Saiba mais sobre a Campanha Setembro Amarelo
Sendo um problema de saúde pública no Brasil, dados divulgados pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), mostram que o número de suicídios aumentou em 24% entre adolescentes no país. A cidade com maior taxa é Belo Horizonte, com 3,13 para cada 100 mil habitantes. Em segundo está Porto Alegre, seguido por São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e, por último, Salvador. Ao todo, em 2015, foram mais de 20.445 suicídios.
Foi neste ano que surgiu a Campanha Setembro Amarelo que tem como principal objetivo abrir espaço para debates sobre o tema, promovendo ações de conscientização e alertando a sociedade sobre a importância dessa discussão.
10 de Setembro – Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio
No dia 10 de setembro é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, data criada pela Organização Mundial da Saúde e pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio, no ano de 2003. São cerca de 600 atividades que ocorrem em mais 70 países.
Como teve início a Campanha Setembro Amarelo?
O CVV junto ao CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) deu início ao Setembro Amarelo. As primeiras ações aconteceram em Brasília, porém várias regiões brasileiras foram aderindo ao movimento nos anos seguintes.
Centro de Valorização da Vida (CVV)
De acordo com pesquisa realizada pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), o suicídio está entre as principais causas de morte no Brasil, estando à frente da AIDS e de muitos tipos de câncer. Estima-se que 32 jovens entre 15 e 29 anos se suicidam diariamente, o que equivale a uma média de 1 morte a cada 45 minutos.
Como identificar alguém que corre risco de se suicidar?
Pensamentos, planos e tentativas de morte são constantes nessa pessoa. Identificar nem sempre é uma tarefa fácil, mas alguns sinais podem ajudar. Como por exemplo:
• Doenças psiquiátricas como depressão, bipolaridade, transtornos mentais, transtorno de ansiedade, transtornos de comportamento pelo uso de drogas e esquizofrenia;
• Apatia, pessimismo e alta irritabilidade;
• Dificuldade para conviver com outras pessoas;
• Sentimento de solidão profunda, não ter vontade de fazer nada;
• Falar com frequência sobre morte e suicídio;
• Apresentar humor instável, agressivo e impulsivo.
Há inúmeras situações que podem levar uma pessoa a cometer suicídio, mas uma coisa é fato, essa pessoa não quer necessariamente morrer, ela se sente deprimida e angustiada e sua única intenção é encontrar uma forma de acabar com a dor. Contudo, é preciso mostrar a essas pessoas que há sempre uma solução. O acompanhamento médico e psicológico é o caminho.
Se você está nessa situação ou conhece alguém que precisa de ajuda, saiba que o CVV presta apoio emocional e atende gratuitamente. O atendimento funciona 24 horas e garante total sigilo, seja por telefone, e-mail ou chat. Ligue para 188.
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